segunda-feira, 21 de março de 2016

Analise de uma foto


Analise de uma foto

PDF 604





Da natureza morta a natureza tecnológica, formada com ferro e aço, mais algumas placas de vidro. Tudo retirado da terra e transformado. Extração, fundição, transformação e moldagem.

Uma breve analise de uma foto, já que outros podem ter outros pontos de vistas, e não citados. Uma foto sem tema, sem título e sem legenda, não tem como nortear o pensamento do observador, que olha e faz sua análise. O observador que lê uma imagem. Uma foto solta no espaço, liberando interpretações e pensamentos. E da mesma forma acontece com uma fala, cada um faz uma interpretação, já que não existe uma verdade absoluta. Mas existe uma intenção da fala e da foto, ainda que oculta.

Mas a imagem pode ser única, com definições pré-determinadas. Como a placa na foto, de reconhecimento e entendimento internacional. Não há como ter uma dupla interpretação da imagem impressa na placa, o objetivo da informação já foi previamente acordado. Fato que não aconteceu com a foto.

Por mais que um fotografo seja renomado. Por mais que o olhar fotográfico queira passar uma ideia, outras interpretações podem ser observadas. Basta mirar, nos detalhes, nos pontos áureos. Detalhes que o fotografo não analisou na frente da câmera, antes do disparo. Mas tinha um objetivo, o olhar a partir de seus pontos de vistas. A intenção do retrato, com o retratista retratando o que viu. Na ausência do texto, com letras, palavras e frases, a foto. Os múltiplos olhares. A visão tridimensional, em contraste com as duas que possui um texto. O olhar do observador da foto finalizada, da foto impressa ou da foto postada. Outros pontos de vistas a partir de um ponto, e outros pontos podem ser observados. Como na foto em destaque.

Uma foto pode ser destinada, a um mero hobby pessoal, um mero treino do uso de cores, de iluminação e abertura de um diafragma. Uma relação de tempos e velocidades, expostas a abertura de um diafragma, imprimindo a luz que ultrapassa e transpassa uma lente. Uma foto pode ser resultado de um hobby ou de uma reportagem, as vezes de uma montagem. Um olhar por um vidro. O olhar da pupila.

A foto também pode participar de concursos. E até feita para um concurso, ou exaltação do local. Em aeroportos é comum fazer concursos para descobrir outros pontos de vistas que não são observados no dia a dia, em embarques e desembarques. Na vida corrida do passageiro, um cidadão de passagem por um aeroporto. Com uma passagem em mãos, está ali naquele espaço apenas de passagem, antes de um embarque ou depois do desembarque. Existe um mundo do lado de fora, se despedindo ou a sua espera.

Na foto elencada, podemos imaginar um horário na madrugada, dentre um emaranhado de ferros, destacando uma estrutura. Com luzes acesas nos postes, a confirmação de que não é dia, em contraste com o céu escuro. Um cidadão solitário como quem está à espera, de uma carona que ainda não chega, ou de um transporte coletivo com horário imprevisto nas altas horas da madrugada. Um viajante perdido no tempo e no espaço, ou um trabalhador que terminou sua jornada de trabalho e agora pretende chegar em casa. No carro, no taxi ou no ônibus ira como passageiro.

Um sujeito explicito e outro oculto. Na foto e no local, apenas duas pessoas, o que se dispôs a enquadrar a foto através de uma lente, e um cidadão, em uma pose das mais comum, vistas pelas ruas, procurando ou colocando informações em seu aparelho de telefonia, o seu contato com o mundo. A câmera e o fotógrafo em um espaço bastante estreito, mal dando para passar uma pessoa, quiçá um cadeirante. Uma contradição nas normas de acessibilidade. O deficiente visto como bagagem, sem comodidade. O fotografo não tem defesa, fotografou um corredor. Tinha o objetivo da arte e não de quem precisa do espaço no corredor.

No local onde está o cidadão, é proibido estacional, existe uma placa com um símbolo internacional, donde concluímos que se alguém chegar de automóvel, só tem direito de embarcar e desembarcar. Não há condições de ficar mais que alguns minutos parado no local, com o automóvel. Não dá condições de parar muito tempo olhando para a foto.







Roberto Cardoso (Maracajá)
Branded Content (produtor de conteúdo)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq

Plataforma Lattes
Produção Cultural





Analise de uma foto

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